Língua Portuguesa
a Sírio Possenti
Nada é perfeito como a língua que falamos
No dia a dia de nosso cotidiano claro-escuro
Cheio de obstáculos para os sentimentos
Guardados a sete chaves nas artérias do coração
Nada é mais imperfeito que o sentir diário
Mesmo todas as palavras contidas no dicionário
Não são capazes de explicar esse pulsar
Esse abrir repentino e fechar das retinas
As letras, fonemas, palavras, orações juntas
Justas, milimétricos dois e dois são quatro
O abecedário inteiro a nosso dispor aqui…
Tudo, imagina tudo, corre atrás da perfeição
Porém, sem sentir o interno de todos nós,
Somente a língua, impassível, continua bem dita.
><>Cuiabá, 14.02.13 Após a leitura do artigo “Mito da Língua Perfeita”.